A partir deste artigo, vamos iniciar uma série de textos sobre terapias e tratamentos, com o intuito de auxiliar na sua evolução pessoal e trazer mais saúde física e mental para você.
Se você acompanha o nosso blog, percebeu que existem vários caminhos para isso, como: yoga, meditação, mantras, Reiki, ayurveda, fitoenergética, etc.
Hoje eu vou falar de uma terapia de extrema importância para a sua evolução, que é a constelação familiar.
A família é responsável pela nossa formação, porém, não herdamos apenas sua genética, mas todo um sistema de crenças, comportamentos, medos, traumas, etc.
Para a psicanálise, a família vai influenciar na formação e personalidade do ser humano, principalmente na infância, pois a família é um elo de ligação (mesmo que os integrantes sejam diferentes), pois é um grupo social, que sofre influência interna e externa.
A constelação familiar foi criada pelo alemão Bert Hellinger e é uma abordagem terapêutica, e de acordo com seus estudos, a conexão com os nossos parentes pode ser mais antiga e profunda, ou seja, com parentes que não temos contato e já morreram, como bisavós, por exemplo. Estas conexões podem resultar em problemas nos nossos relacionamentos, doenças e até mesmo endividamento.
Isso significa que trazemos uma espécie de memória genética.
O que é constelação familiar?
As constelações são processos profundos que nos permitem compreender e trabalhar com toda essa herança, nos libertando e trazendo paz.
Através da constelação, podemos tratar assuntos relacionados ao nosso emocional e ao físico também, identificando acontecimentos que influenciam nosso presente, acontecimentos que podem ser: relacionamento dos pais, suicídio, adoção, antepassado agressor ou vítima, traição, guerras, parto prematuro, etc.
As ações negativas dos nossos antepassados modificam nosso campo energético, fazendo com que as próximas gerações é que acabam por herdar e lidar com toda esta carga.
É uma terapia rápida, diferente de outras terapias que precisam de mais sessões, como a análise tradicional, por exemplo, pois a constelação trabalha de forma energética.
Quando surgiu?
A Constelação Familiar é uma terapia e surgiu nos anos 70 com o alemão Bert Hellinger, que foi terapeuta, filósofo, teólogo e pedagogo.
Hellinger trabalhou como missionário na África do Sul durante 16 anos em uma tribo Zulu, e foi através de algumas observações desta tribo, que constatou que os membros tinham uma dinâmica diferente para a resolução dos problemas, eles trabalharam como coletivo ao invés de tratar o problema no individual.
A partir deste evento, ao retornar para a Alemanha, Hellinger decidiu estudar mais a fundo a psicologia e suas vertentes, como psicanálise, hipnoterapia, dentre outros.
Na década de 90, o alemão descobriu que nossos genes transmitem memórias ancestrais para as gerações futuras.
No livro “Constelações Familiares – O Reconhecimento das Ordens do Amor”, de Bert Hellinger e Gabriele Ten Hovel, é falado sobre nosso campo morfogenético, em que ao nascermos, nos é transmitido informações dos nossos antepassados, estes campos mórficos, recebem algo parecido com uma memória coletiva, por isso existe a repetição de comportamento.
Como funciona a Constelação Familiar?
A constelação é realizada através de um grupo de pessoas (pode ser individual também), terá a presença do constelador e de outras pessoas, que vão exercer o papel da família e terão o auxílio de bonecos. O Constelado vai escolher um tema a ser tratado e a partir disso, seu campo morfogenético será trabalhado.
Estas pessoas vão representar os familiares do constelado e lhe dão a oportunidade de se reencontrar com familiares que já faleceram, com o propósito de trabalhar assuntos como desafetos, assuntos mal resolvidos, medos, etc.
O representante precisa ter responsabilidade, pois deve deixar de lado preconceitos e ego, ele também acaba trabalhando com algumas questões pessoais, mesmo não sendo o constelado, claro, ele não será o foco principal da terapia, mas será ajudado também.
O Representante será ajudado, por conta de alguns pontos a serem trabalhados do constelado se assemelharem com os seus, ou seja, os representantes podem manifestar sintomas dos membros da família que está representando, mesmo sem saber detalhes sobre esta família.
Hellinger explica que o campo morfogenético se abre e todos os envolvidos entram em contato com esta energia e passam a ser guiados por ela.
Ordem do Amor
Existe algumas leis que embasam o método, escritas por Hellinger, são três princípios norteadores, chamados de “Ordem do amor”, que são:
- Lei do pertencimento: nós temos a necessidade de pertencer a um grupo, e não é diferente no nosso sistema familiar, precisamos ser aceitos e acolhidos, independente de nossas escolhas e ações. Caso algo seja feito que vá contra a ética ou que é considerado errado pela família, o indivíduo será muitas vezes excluído e afastado. Quando isso acontece, este indivíduo acaba gerando uma dor denominada “Dor dos excluídos”, na qual vai afetar este indivíduo e as gerações seguintes.
- Lei da Hierarquia: dentro de uma família, cada pessoa tem uma posição. É fundamental respeitar aqueles que vieram primeiro, por exemplo, os filhos depois dos pais, que devem respeito aos mesmos e assim por diante. O desequilíbrio pode ocorrer na inversão destes valores, quando os filhos ocupam a posição dos pais e acabam por carregar uma carga de responsabilidade maior, acarretando em comportamentos ansiosos e os tornando emocionalmente mais frágeis.
- Lei do equilíbrio: o equilíbrio fundamental nessa lei é o de dar e receber afeto igualmente. O Desequilíbrio pode ocorrer quando em uma relação afetiva, um doa mais que o outro.
Com tudo isso, podemos compreender que todos têm responsabilidades por suas vivências e que não existem vítimas, ter esta ideia em mente, a de vítima, pode desequilibrar o campo. As situações nem sempre são fáceis também, muitas vezes são mostradas questões mais complicadas, como mortes, abortos, abusos, etc., e é importante ter entendimento para que seja libertador.
Você já participou de uma Constelação Familiar?
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Esperamos você para o próximo artigo da série Terapias e tratamentos.
Namastê!
