O que são arquétipos e como utilizá-los ao seu favor

Leitura: 4 min

Você já deve ter ouvido falar de Jung, mesmo que ‘por cima’, seja em algumas frases pela internet, seja por que você se interessa por psicologia ou por causa dos arquétipos.

Arquétipo vem do grego arché, que significa “princípio”, “Posição superior”, “ponta”, ou seja, é uma concepção que representa o primeiro modelo, ou seja, a impressão, a marca.

Mas como assim?

Quando eu falo para você pensar na águia, qual a primeira coisa que vem á sua cabeça? Rápida, ágil, independente, rainha dos céus, inteligente, etc, logo, podemos dizer que ela representa o arquétipo da força!

O arquétipo está em vários campos de estudo, dentre eles, a psicologia e a filosofia.

Jung e os arquétipos 

Carl Gustav Jung (1875-1961), foi um psiquiatra suíço e discípulo de Freud, ele que desenvolveu os conceitos da personalidade extrovertida e introvertida, de arquétipos e do inconsciente coletivo. Ele é considerado o fundador da psicologia analítica.

As diferenças entre Jung e Freud são as ideias de inconsciente, sexualidade e análise dos sonhos.

A teoria de Jung é que a psique humana é composta de três componentes, o ego, o inconsciente pessoal e o inconsciente coletivo, o inconsciente coletivo é que faz distinção entre os dois, já que o inconsciente pessoal é o mesmo da visão de Freud, em que os desejos, os medos e as memórias estão armazenadas.

Outra diferença é a análise dos sonhos, ambos acreditavam, porém, Freud ficava apenas na ideia de que o inconsciente mostrava desejos sexuais, já Jung, acreditava também nas imagens simbólicas, que poderiam ter vários significados.

Carl também era considerado místico, pelo seu interesse pela filosofia e ocultismo, principalmente pelas suas obras Psicologia e Religião (1939) e Psicologia e Alquimia (1944).

Sobre os arquétipos

Segundo Jung, eles se expressam em vários lugares, como igreja, mitos, religião, arte, sonhos, etc, por isso esta presente no inconsciente coletivo, pois é exatamente o que eu havia falado no começo, quando eu perguntei qual a sua primeira imagem quando eu falo da águia, e da maçã, qual a primeira concepção que vem à sua mente?

São ideias que o coletivo carrega.

Na filosofia, Platão que discorre sobre arquétipos, ou seja, é falado mais entre os filósofos neoplatônicos. Para eles, os arquétipos são ideologias que servem de modelos para todas as coisas existentes.

Na filosofia teísta, eles acreditam que a expressão deve ser utilizada para organizar os pensamentos da mente de Deus.

Em 1900, os arquétipos passaram a ser usados no marketing, através do psicólogo Dr. Ernest Dichter, que pegou estas construções psicológicas, aplicando na publicidade.

Está presente também na narratologia, principalmente nos contos de fadas e nos mitos, aparece deste matrix à odisseia.  Christopher Booker, em seu livro intitulado “as sete tramas básicas para a sua história”, fala sobre sete arquétipos, que coincidem com os de Jung, que estão presentes em todas as histórias, dentre elas:

  • Superando o Monstro
  • Da Miséria à Riqueza
  • A Busca
  • Viagem e Retorno
  • Comédia
  • Tragédia
  • Renascimento

Os 12 tipos propostos por Jung

A partir da sua ideia de inconsciente coletivo, afastando-se um pouco de Freud, como vimos anteriormente, Jung analisou os mitos e símbolos presentes nas mais diversas culturas, e com isso, ele estabeleceu esta espécie de molde, ou melhor, moldes, ou padrões de comportamento, chegando a 12.

  1. O sábio: a pessoa lógica, de pensamento livre, inteligente para analisar e entender a si mesmo e o mundo.
  2. O inocente: vê o lado bom das coisas, quer agradar a todos e ser reconhecido por eles, também tem a vontade de pertencimento.
  3. O explorador: sempre aberto á novas aventuras e descobertas. É o viajante, que sai sem rumo.
  4. O governador: líder clássico, é um dos arquétipos relacionados ao poder.
  5. O criador: possui desejo profundo de ser livre, gosta de novidades, é autossuficiente, inconstante e genioso.
  6. O cuidador: tem instinto de proteção, quase maternal
  7. O mago: está sempre em constante processo de transformação e crescimento.
  8. O herói: o que o cerca é o poder, ambicioso, controlador, não gosta de perder.
  9. O bandido: um dos arquétipos que fala de rebeldia, é independente, provocador, é do contra e as vezes pode ser autodestrutivo.
  10. O amante: sensibilidade, esbanja todas as formas de amor.
  11. O tolo: conhecido como arquétipo do louco, não tem máscaras e tira a dos outros, ele nos ensina a rir, até de nós mesmos. Pode ser preguiçoso e guloso.
  12. O órfão: se sente traído, carrega feridas, mágoas, traumas, quer que as pessoas tomem conta dele, também costuma se vitimizar.

Como ATIVAR um arquétipo

Eu sei qual arquétipo eu estou vivenciando, mas como ativar os outros arquétipos?

Então, é interessante esta pergunta, pois arquétipos são energias (energia nada mais é do que informação), que se expressam através de imagens. Se você é mais inseguro, medroso, você pode se conectar com arquétipos que te ajudam a ter mais segurança, por exemplo.

Você pode usar estes símbolos na decoração da sua casa, por exemplo, comprando imagens, estátuas, imprimindo uma imagem, a da água, por exemplo, e até meditar na sua forma, você pode usar mais de um, porém, demora um pouquinho até você sentir a manifestação desta energia.

As músicas, filmes, contos servem para você identificar estes arquétipos.

A dica é, você deve vivenciar este arquétipo, no dia a dia.

E lembre-se, se o arquétipo escolhido fizer você se sentir mal, você não está vivenciando o lado iluminado dele, a final, todos eles tem seu aspecto negativo também.

Outros arquétipos

A seguir, alguns exemplos de outros arquétipos:

  • Águia: traz a energia do poder, do foco, é um arquétipo muito usado por empresários, empreendedores, pessoas que estão em posição de liderança e pessoas que querem ter seu próprio negócio.
  • Coruja: ave de hábitos noturnos, seu segredo não é a força física, mas o ato de observar e em seguida agir. Suas habilidades nos ensinam que como todo bom caçador, é importante fazer uso de nossas capacidades para enxergar com clareza as mais diversas possibilidades de ação que existem ao nosso redor.
  • Borboleta: um dos mais poderosos, ele pode gerar mudanças significativas em sua vida. Exemplo de transformação, através dos seus ciclos, sendo que o ultimo gera independência e liberdade, pode significar liberdade mental (de relações abusivas, empregos ruins) e trazer renovação, algo melhor.

E aí, qual arquétipo você se identifica e pretende ativar?

Conta aqui pra gente!

Até breve!

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